quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Divã sem divã


Ela sempre foi muito fechada. Dessas que quando surge conversa com algum papo mais íntimo, bem pessoal, vai logo pulando fora convidando um outro assunto para chegar ou então indo embora mesmo. Nem certas amigas conseguiram algum sucesso na hora de descobrir os segredos geralmente revelados quando se tem confiança. Mas dessa vez não teve como escapar. Às 9h da manhã de uma quarta-feira, ela se encontrou com uma senhora, não tão senhora assim já que os cabelos estavam longe de serem brancos e a pele mais longe ainda de ser enrugada. Aquela mulher passou uns 4 anos, ou sei lá 5, na faculdade justamente aprendendo a arte de extrair confissões daquela menina e tantas outras pessoas. Nossa! Vai ter muita psicóloga ofendida com essa descrição, mas agora já era.

Por falar em já era, aquela lá era só uma conversa inicial, primeira sessão. A senhora não tão senhora chegou logo perguntando. E é claro que não vou contar aqui o que ela perguntou muito menos o que a menina respondeu. Uma sentiria como se o trabalho estivesse sendo invadido e a outra me perseguiria até a morte por contar um tanto de coisas. Fato é que naquela sala bonita e bem decorada toda cheia de livros, com sofá bordadinho e não muito macio as duas estranhas conversaram a vontade. Depois de uma hora a menina saiu dali até achando legal essa coisa de quem é psicóloga. Na verdade, todo mundo é, ou pelo menos deveria ser, um pouco psicólogo na vida. Ouvir muito, perguntar bastante e dar uns palpites, mesmo que a primeira vista um pouco malucos. Né não?            

Um comentário:

  1. terapia é o melhor que tá tendo. se vc se entrosa com o/a psicologo/a, faz muito bem. eu fiz e aprendi muita coisa enquanto fazia. mas aí eu me dei alta kkkkkkk. mas foi pq eu tava fazendo vestibular. mas vá em frente. é muito bacana.

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